quinta-feira, 27 de março de 2025

Tabelas de Custos de Obras


Na Construção civil é praxe utilizar tabelas referenciais de preço para orçar ou parametrizar custos de obras, principalmente em orçamentos de obras públicas.


Tabelas de Custos de Obras são tabelas de referências de preços de obras e serviços de engenharia.


SINAPI - mantido por parceria entre a CAIXA e o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é um instrumento obrigatório para a orçamentação de obras públicas, conforme estabelecido pelo Decreto 7.893 de 2013. Essa obrigatoriedade visa assegurar transparência, equidade e eficiência no uso dos recursos, além de padronizar os custos em todo o território nacional. As tabelas são bem abrangentes, refletem as variações do mercado, com pequena defasagem devido a inflação e podem ser consultados preços de todos os estados da federação.

Fonte: IBGE

SIURB - tabelas publicadas pelo portal da prefeitura de São Paulo. As tabelas são divididas em Edificações e Infraestrutura e pode ser consultado histórico de preços desde 2004/2005.

Fonte: Portal Prefeitura SP


CDHU / CPOS - utilizada como referência para licitações e orçamento de obras - publicada pelo portal da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano.

Fonte: Portal Governo Estado SP

SICRO - Tabela publicada pelo DNIT, sob a supervisão do Tribunal de Contas da União (TCU), sendo usado como referência em concorrências de obras públicasde infraestrutura.


Todas as tabelas incluem composições de preços unitários, tabelas de insumos, encargos, bdi e consideram custos desonerados e onerados e são recursos que auxiliam compor os custos de uma obra, mas possuem margens que podem ser estudadas em relação aos custos operados pelas empresas, o que se reflete nas variações de preços ofertados em concorrências, pel motivo que muitas empresas mantêm suas próprias bases de preços.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Variáveis de Orçamento e Estimativa de Projetos em Concorrência

Estudo das variáveis

A grande preocupação de um orçamento de concorrência é ficar dentro do limite aceitável do menor valor possível, sem comprometer a qualidade e que possibilite lucro ao construtor.

Uma vez entendida essa questão, é fácil identificar o departamento de orçamentos como sendo a espinha dorsal do sucesso de uma obra. O orçamentista precisa mergulhar nos projetos, estudar toda a documentação possível, analisando cada detalhe, não somente os recursos a serem aplicados (dos materiais à mão de obra a ser empregada), mas também o conjunto de definições pré-estabelecidas.

O trabalho é quase um jogo de quebra-cabeças a ser resolvido, resultando em um preço final que seja competitivo, sem arriscar o lucro e o objetivo final de todo esse trabalho estratégico, que é ganhar contratos, mantendo a margem de lucro saudável.

Variável técnica

O desafio do balanço entre a necessidade do cliente e o preço competitivo que garanta lucro, com base no estudo da melhor técnica, da criatividade em encontrar soluções, sempre dentro de prazos exíguos, faz do orçamentista um profissional multidisciplinar, muitas vezes pouco valorizado, mas imprescindível em um mercado em constante mudança e cada vez mais competitivo e amplo.

E o que faz um orçamento ter sucesso em uma concorrência? 

Ao contrário do que muitos imaginam, o menor preço é a última questão a ser considerada. Não obstante a grande competitividade, seja de obras públicas ou privadas, avaliar todas as variáveis que envolvem a execução do empreendimento impacta diretamente no êxito da proposta vencedora.

O gerenciamento de dados confiáveis traz a segurança necessária do estudo da margem entre o lucro e o desconto possível a ser considerado.



sexta-feira, 14 de março de 2025

Cálculo do valor de mão de obra



O primeiro passo para se calcular o valor da mão-de obra empregada na sua obra é se atentar para a os valores mínimos da Convenção Coletiva da sua região.
Cada cidade tem uma data base de acordo coletivo. Em São Paulo, por exemplo, a data base é no mês de Maio.


Para qualquer função que se vai contratar em uma obra existem valores mínimos a serem respeitados, seja para mão de obra qualificada ou não.


As Convenções Coletivas são determinações de acordos entre os sindicatos dos patrões e empregados. Na Construção civil, por exemplo, o Sintracon é o sindicato dos empregados da produção e o SEESP o sindicato dos Engenheiros. Já o Sinduscon é o sindicato patronal.


Antes da data base esses sindicatos se reúnem e decidem os valores e condições mínimas que vão reger as contratações do próximo período.

Cálculo de Bota Fora em caçambas de entulho



Exemplo de cálculo de caçamba para demolição de piso.


Para se calcular o volume de entulho que vai ser gerado, meça a superfície que vai ser quebrada, nas 2 dimensões: largura e comprimento e multiplique estes 2 valores pela espessura. 

Para retirada de pisos cerâmicos, considerar que parte do contrapiso também será quebado. Esta espessura média pode ser em torno de 3 cm. 

Achando-se o volume, deve-se levar em consideração o empolamento. 

Este empolamento é um fator que multiplicamos ao volume real e leva em consideração que o volume do material retirado sofrerá uma variação, uma vez que, em relação ao estado original, o entulho tem uma quantidade de vazios muito maior, ou seja, esta quantidade de vazios é o espaço que se forma quando o material se acomoda na caçamba. 

Dependendo do tipo de material este empolamento pode ser considerado em média, de 30% a 40%.

Então, na prática, o cálculo ficaria:

volume da demolição x fator de empolamento

sendo:

volume de demolição = área (largura x comprimento) x espessura do piso, incluindo o contrapiso

Dica de obra - Começando uma reforma



Na hora de reformar surgem muitas dúvidas, muitas opções em materiais e serviços, e nem sempre é fácil contratar um bom profissional e nem sempre ficamos 100% satisfeitos com o serviço, não é mesmo?

O primeiro passo para quem quer iniciar uma reforma é planejar, pesquisar, calcular os custos e principalmente, se respaldar de futuros problemas.

Contratar um engenheiro ou arquiteto pode parecer caro e a grande maioria das pessoas acha desnecessário, mas é primordial para garantir que o serviço saia de acordo com o previsto.

O CREA é o órgão que fiscaliza o serviço destes profissionais, portanto, garante que a obra não vai dar dor de cabeça, e caso tenha algum problema, o CREA dá o respaldo necessário para que tudo esteja dentro das normas.

Um pedreiro sabe executar o serviço, mas nem sempre consegue solucionar todos os problemas e também não oferece garantia se ocorrerem problemas futuros, além de não ter o comprometimento de trabalhar dentro das normas e com segurança, pois apenas um profissional habilitado responde tecnicamente por um serviço relacionado a engenharia e arquitetura.

É só procurar o CONFEA CREA ou no caso dos arquitetos, o CAU de qualquer região para se informar.