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quarta-feira, 14 de maio de 2025

A qualidade das construções em foco nos orçamentos

Caro leitor, 

É lugar comum em qualquer área a ideia de que orçamento baixo é sinal de má qualidade.

Na grande maioria das vezes esse critério pode ser sim verdade, mas um orçamento feito com respaldo técnico garante a vantagem competitiva sem usar artifícios que comprometam a qualidade do produto final. 

A isto muitas vezes nos referimos como reengenharia, ou seja, um conjunto de soluções sob medida ao projeto que está sendo estudado, garantindo a qualidade e a competitividade, mantendo um nível adequado das especificações, garantindo também que estejam dentro das normas.

É certo que a entrega do produto final pode apresentar problemas por má-execução, mas esta é uma questão a ser discutida em outro artigo, pois é um assunto que tem muitas interfaces além da qualidade da mão de obra empregada.

Neste artigo vamos nos limitar à fase de orçamento e planejamento como viabilidade do custo do empreendimento. 

Não que o orçamento se exima da fase da execução. Ao contrário, um bom orçamento deve refletir a realidade futura, dando base para os gestores da obra exercerem seu papel com a maior fluidez possível.

Mas, afinal,como a reengenharia pode ser utilizada na fase de orçamento garantindo a qualidade e reduzindo custos?

Vamos começar entendendo o processo de reengenharia

A reengenharia atua nas seguintes situações:

Redução de custos, podendo identificar desperdícios e otimizar recursos;

Reorganizando os prazos, melhorando a coordenação das atividades e eliminando gargalos;

Garantindo a qualidade do resultado final, atendendo as expectativas de custos e normas;

Adaptando o projeto a mudanças, fazendo ajustes de acordo com novas demandas ou imprevistos.

Então, como é realizada uma reengenharia eficiente?

Analisando em detalhe o projeto:

A análise passa pela revisão dos processos, cronogramas, recursos utilizados e pontos críticos, entendendo onde estão os gargalos e desperdícios.

Identificação de melhorias:

Buscando oportunidades de inovação, como novas tecnologias, métodos construtivos mais eficientes ou a reorganização das equipes que irão compor a execução.

Redesenhando processos:

Os processos pedem uma atenção nos fluxos de trabalho, podendo ser mais enxutos e eficientes, considerando-se as melhorias identificadas.

Implementação de mudanças:

Colocar em prática as novas estratégias, treinando a equipe, se for o caso e ajustando o cronograma se necessário.

Monitoramento contínuo:

A reengenharia não termina na fase de planejamento e orçamento.

É necessário acompanhar os resultado, fazendo ajustes necessários e também buscando melhorias contínuas que possam ser empregadas em novos projetos.

Conclusão

Desta forma, conclui-se que, a qualidade das construções tem grandes chances de ser alcançada se for implementada ainda na fase de orçamentos, a reengenharia, Não somente para alcançar maior competitividade em relação aos concorrentes, mas também trazendo benefícios de economia de tempo e dinheiro durante a execução, melhorando o produto final, garantindo mais confiabilidade e satisfação do cliente e reduzindo retrabalhos e desperdícios.

Essa poderosa ferramenta já é largamente utilizada em processos 'high ticket', tornando as operações mais eficientes, inovadoras e sustentáveis.

Ao revisar e redesenhar métodos, é possível, portanto, não apenas aumentar a competitividade e economizar recursos, mas entregar obras de alta qualidade.

segunda-feira, 5 de maio de 2025

A produtividade na execução de obras

A mão de obra na execução de empreendimentos representa, em média, 40% do total de uma obra.

Como existem parâmetros mínimos garantidos por legislação para o custo unitário da mão de obra, seja ela mensalista ou horista, a única saída é aumentar a produtividade.

Muitos estudos já foram feitos para aferir os índices de produtividade na execução dos serviços e a maneira de se construir também estão sempre se modificando com o uso de novas tecnologias.

Uma importante ferramenta é a comunicação, a troca de informações, principalmente com outros países que culturalmente possuem formas diferentes de trabalho.

Tabelas de Composição de Preços, como a TCPO, Sinapi, Siurb, etc possuem indicadores com parâmetros médios de cada atividade e serviço, mas a personalização na hora de se elaborar um orçamento deve ser levada em conta, pois existem muitas variáveis específicas envolvidas na execução de uma obra.

Os valores de produtividade mudam também com a composição da equipe indireta e também na composição de equipes de mão de obra direta, como oficiais, ajuantes e apoio. O dimensionamento correto da equipe evita sobrecarga ou desperdícios, como ociosidade nas frentes de trabalho.

Nesse ponto, a medição e o controle da execução dentro das empresas é de suma importância, pois aumenta a margem de lucro e cria um registro que pode servir de base para novos orçamentos. Mas, para que haja êxito na implantação do controle de medição, é necessário o engajamento dos envolvidos diretamente na execução, como encarregados, mestre de obras, sem contudo desviar do objetivo principal e estabelecendo metas para melhorias na produtividade.

Existe também a importância de se criar critérios para medição, para que os dados coletados sejam confiáveis.

Com a industrialização dos canteiros, grandes fornecedores possuem índices confiáveis para cada tipo de empreendimento, que também podem ser utilizados pelo orçamentista para compor os custos das obras. Porém, sempre deve-se levar em conta que são parâmetros gerais e para a utilização deve-se levar em conta as características particulares de cada empreendimento.

Treinamento é outro fator importante para a padronização e consequente otimização da produtividade e melhoria dos custos. A falta de treinamento pode compremeter a qualidade e demandar retrabalhos.

Erro comum é achar que a industrialização de canteiros e a melhoria da produtividade reduz a oferta de empregos. Ao contrário, com o aumento da produtividade as empresas conseguem melhorar o fluxo de caixa para criar novos investimentos e consequentemente, ofertar novos postos de trabalho.

O déficit educacional também é um fator importante a ser pensado em esferas mais altas de gestão pública. A mão de obra qualificada gera mais produtividade e acaba agregando mais valor a soluções desenvolvidas ou em desenvolvimento.

Além do controle da produção, a oferta de novos materiais no mercado, propostas de modulação de projetos, especializações dos serviços, gerenciamento de projetos e uso de novas tecnologias de equipamentos agregam valor na margem de produtividade.

A organização do canteiro de obras também é um fator importante. Material estocado no lugar errado gera desperdício, falta de coordenação na logística dos materiais colaboram com a improdutividade.

Enfim, a melhora da cadeia produtiva é uma via de mão dupla, mas o maior impacto é de cima para baixo, quando existe a conscientização de que a implementação de métodos de trabalho trazem melhoria de condições e consequentemete geram maiores margens de lucro para as empresas, evitando assim os malabarismos financeiros já sobrecarregados com a pesadíssima carga tributária do país.

sábado, 12 de abril de 2025

Cronograma de obra e o orçamento de obras

Parte importante do planejamento e ferramenta de grande importância na gestão de obras, o cronograma é um documento que define as datas de início e término de cada atividade de um projeto de construção, ajuda a organizar as etapas da obra e a evitar atrasos, orientando a equipe na execução dos serviços.


Na elaboração do cronograma, são identificadas as dependências entre as tarefas e o tempo de cada atividade, organizadas em uma EAP (Estrutura Analítica de Projeto), que facilita o entendimento das etapas, atividades e serviços dos trabalhos a serem realizados.


Durante a elaboração do orçamento são definidos os parâmetros dos índices dos trabalhos que serão a base para o dimensionamento da produtividade e das equipes no planejamento do cronograma. As produtividades pelas quais os serviços foram orçados são de grande importância como referencial para elaboração do cronograma e consequentemente do controle na execução.

Uma das formas mais utilizadas de representação do cronograma físico é o gráfico de Gantt, que permite visualizar graficamente as datas e prazos de execução dos serviços.


Uma vez elaborado o cronograma físico, que demonstra o avanço da obra, a próxima etapa é definir o cronograma financeiro, que indica os recursos necessários para execução dos serviços. Nessa etapa o orçamento alimenta os desembolsos que serão distribuídos ao longo do tempo, permitindo visualizar o impacto dos custos de execução ao  longo do tempo.


Portanto, o cronograma físico-financeiro, na gestão dos recursos, permite visualizar a evolução dos trabalhos e consequentemente permitindo reduzir custos e o desperdícios, mesmo diante de imprevistos


Juntamente com o orçamento, é parte estratégica que otimiza o investimento em materiais, mão de obra, equipamentos e recursos, permitindo antecipar as adequações necessárias.


Porém, o maior desafio é obter e reunir as informações com confiabilidade e consistência. Para tanto, a experiência de lições anteriormente aprendidas são de grande valia na formatação do orçamento e do cronograma, mas com a ciência de que desvios podem ocorrer e que, portanto, sempre haverá margem entre o previsto e o realizado.