sábado, 31 de maio de 2025
Critérios de Medição
sábado, 24 de maio de 2025
Custos de construção x Inflação
Numa realidade inflacionária, que resulta em um desaquecimento da construção civil, na perda do poder de compra e com juros altos que não motivam os investidores a empreender, a inflação tem um impacto direto nos custos de materiais e mão-de-obra, alterando ao longo do tempo o planejamento dos empreendimentos.
Em algumas situações, como na necessidade de reajustes de contratos e pleitos de reequilíbrio econômico-financeiro, o mercado demanda levantamentos e estudos, utilizando-se entre muitas ferramentas, índices de variação, que têm como base a inflação, mas que de alguma forma estão atrelados aos custos de costrução. Na maioria da vezes o melhor caminho é a negociação, mas a legislação dá suporte para que o equilíbrio dos contratos seja garantido.
Exceto nos primeiros anos do Real, quando a evolução de preços de materiais ficou abaixo dos aumentos da inflação e que segurou a alta de preços do setor na época, o Brasil tem em seu histórico grandes variações de preço com a progressão da inflação. Portanto, a importância de parâmetros e índices que acompanham a inflação são muito utilizados no setor, para que haja um equilíbrio das contas.
Reajustes contratuais demonstram, na maioria das vezes, períodos turbulentos da economia, atualmente não só no nosso país, mas também em todos os que de alguma forma fazem parte das transações econômicas em mercados cada vez mais globalizados.
As expectativas e especulações econômicas, frente às tarifas impostas por mercados externos e novas legislações no mercado interno, contribuem com a alta de preços, encarecendo matérias-primas e elevando os preços dos produtos finais e consequentemente elevando os custos das obras.
Os indicadores setoriais demonstram também os custos de mão de obra, que sensivelmente também respondem às variações de demanda no setor.
Principais índices utilizados na construção civil:
INCC (Índice Nacional dos Custos de Construção): medem a variação dos custos de materiais, mão de obra e equipamentos específicos do setor
IPCA: acompanha a inflação geral da economia, influenciando os custos indiretos
IGP-M: muito usado em reajustes de contratos e financiamentos.
Portanto, em períodos inflacionários, os custos de construção devem sempre acompanhar a realidade, principalmente com a utilização de índices que orientam a tomada de decisões, oferencendo uma visão das tendências de preço, realinhando contratos e permitindo ações estratégicas que possam nortear empreendedores e investidores que atuam na área.
segunda-feira, 19 de maio de 2025
Projeções de riscos
quarta-feira, 14 de maio de 2025
A qualidade das construções em foco nos orçamentos
Caro leitor,
É lugar comum em qualquer área a ideia de que orçamento baixo é sinal de má qualidade.
Na grande maioria das vezes esse critério pode ser sim verdade, mas um orçamento feito com respaldo técnico garante a vantagem competitiva sem usar artifícios que comprometam a qualidade do produto final.
A isto muitas vezes nos referimos como reengenharia, ou seja, um conjunto de soluções sob medida ao projeto que está sendo estudado, garantindo a qualidade e a competitividade, mantendo um nível adequado das especificações, garantindo também que estejam dentro das normas.
É certo que a entrega do produto final pode apresentar problemas por má-execução, mas esta é uma questão a ser discutida em outro artigo, pois é um assunto que tem muitas interfaces além da qualidade da mão de obra empregada.
Neste artigo vamos nos limitar à fase de orçamento e planejamento como viabilidade do custo do empreendimento.
Não que o orçamento se exima da fase da execução. Ao contrário, um bom orçamento deve refletir a realidade futura, dando base para os gestores da obra exercerem seu papel com a maior fluidez possível.
Mas, afinal,como a reengenharia pode ser utilizada na fase de orçamento garantindo a qualidade e reduzindo custos?
Vamos começar entendendo o processo de reengenharia
A reengenharia atua nas seguintes situações:
Redução de custos, podendo identificar desperdícios e otimizar recursos;
Reorganizando os prazos, melhorando a coordenação das atividades e eliminando gargalos;
Garantindo a qualidade do resultado final, atendendo as expectativas de custos e normas;
Adaptando o projeto a mudanças, fazendo ajustes de acordo com novas demandas ou imprevistos.
Então, como é realizada uma reengenharia eficiente?
Analisando em detalhe o projeto:
A análise passa pela revisão dos processos, cronogramas, recursos utilizados e pontos críticos, entendendo onde estão os gargalos e desperdícios.
Identificação de melhorias:
Buscando oportunidades de inovação, como novas tecnologias, métodos construtivos mais eficientes ou a reorganização das equipes que irão compor a execução.
Redesenhando processos:
Os processos pedem uma atenção nos fluxos de trabalho, podendo ser mais enxutos e eficientes, considerando-se as melhorias identificadas.
Implementação de mudanças:
Colocar em prática as novas estratégias, treinando a equipe, se for o caso e ajustando o cronograma se necessário.
Monitoramento contínuo:
A reengenharia não termina na fase de planejamento e orçamento.
É necessário acompanhar os resultado, fazendo ajustes necessários e também buscando melhorias contínuas que possam ser empregadas em novos projetos.
Conclusão
Desta forma, conclui-se que, a qualidade das construções tem grandes chances de ser alcançada se for implementada ainda na fase de orçamentos, a reengenharia, Não somente para alcançar maior competitividade em relação aos concorrentes, mas também trazendo benefícios de economia de tempo e dinheiro durante a execução, melhorando o produto final, garantindo mais confiabilidade e satisfação do cliente e reduzindo retrabalhos e desperdícios.
Essa poderosa ferramenta já é largamente utilizada em processos 'high ticket', tornando as operações mais eficientes, inovadoras e sustentáveis.
Ao revisar e redesenhar métodos, é possível, portanto, não apenas aumentar a competitividade e economizar recursos, mas entregar obras de alta qualidade.