terça-feira, 22 de abril de 2025

Argamassas: cálculo de quantidades de materiais



Cálculo de argamassa de cimento e areia




1 - Traço em peso: 1:a:s:x, onde:

1 = peso do cimento

a = peso da areia

s = peso do saibro

x = peso da água




2 - Consumo de materiais (em peso por m3)

C = 1000 / ( (1 / doc) + (a/doa) + (s/dos) + x )

onde:

doc = massa específica real do cimento

doa = massa específica real da areia

dos = massa específica real do saibro




3 - Consumo de materiais (cimento em peso e outros em volume por m3)

C = cimento

Va = C x a x 1,3 / da

onde: da = densidade da areia

Vs = Cx s / ds

onde: ds = densidade do saibro

quinta-feira, 17 de abril de 2025

O que é um orçamento de obras



Um orçamento de obras é um processo que elabora documentos que estimam e fazem a previsão de gastos de uma construção nova ou reforma. É uma peça fundamental para a elaboração de projetos e também uma área estratégica dentro de empresas de construção civil.


Orçamento de obras
Quem atua
Engenheiros civis, arquitetos, técnicos em edificações
Objetivo
Prever e controlar os custos, definir a viabilidade da obra, elaborar documentos econômicos-financeiros que irão integrar contratos de construção
Importância
Evita surpresas e problemas durante a construção, permite a participação em licitações e concorrências públicas e privadas.
Tipos
Estimativa de custos, orçamento preliminar, orçamento analítico
Lista de tarefas comuns no processo de orçamentação:

Analisar projetos
Utilizar tabelas do Custo Básico Unitário da construção (CUB)
Levantar os custos diretos e indiretos
Inserir os impostos e definir o lucro desejado
Calcular o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas)
Aplicar o BDI linearmente em toda a planilha

Um orçamento de obras bem feito permite:

Reduzir os gastos
Manter um planejamento e tomar decisões antecipadamente
Analisar a rentabilidade e a viabilidade financeira

sábado, 12 de abril de 2025

Cronograma de obra e o orçamento de obras

Parte importante do planejamento e ferramenta de grande importância na gestão de obras, o cronograma é um documento que define as datas de início e término de cada atividade de um projeto de construção, ajuda a organizar as etapas da obra e a evitar atrasos, orientando a equipe na execução dos serviços.


Na elaboração do cronograma, são identificadas as dependências entre as tarefas e o tempo de cada atividade, organizadas em uma EAP (Estrutura Analítica de Projeto), que facilita o entendimento das etapas, atividades e serviços dos trabalhos a serem realizados.


Durante a elaboração do orçamento são definidos os parâmetros dos índices dos trabalhos que serão a base para o dimensionamento da produtividade e das equipes no planejamento do cronograma. As produtividades pelas quais os serviços foram orçados são de grande importância como referencial para elaboração do cronograma e consequentemente do controle na execução.

Uma das formas mais utilizadas de representação do cronograma físico é o gráfico de Gantt, que permite visualizar graficamente as datas e prazos de execução dos serviços.


Uma vez elaborado o cronograma físico, que demonstra o avanço da obra, a próxima etapa é definir o cronograma financeiro, que indica os recursos necessários para execução dos serviços. Nessa etapa o orçamento alimenta os desembolsos que serão distribuídos ao longo do tempo, permitindo visualizar o impacto dos custos de execução ao  longo do tempo.


Portanto, o cronograma físico-financeiro, na gestão dos recursos, permite visualizar a evolução dos trabalhos e consequentemente permitindo reduzir custos e o desperdícios, mesmo diante de imprevistos


Juntamente com o orçamento, é parte estratégica que otimiza o investimento em materiais, mão de obra, equipamentos e recursos, permitindo antecipar as adequações necessárias.


Porém, o maior desafio é obter e reunir as informações com confiabilidade e consistência. Para tanto, a experiência de lições anteriormente aprendidas são de grande valia na formatação do orçamento e do cronograma, mas com a ciência de que desvios podem ocorrer e que, portanto, sempre haverá margem entre o previsto e o realizado.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Transporte de Cargas


Na Construção Civil o transporte de cargas é um item importante, que impacta diretamente no custo e na produtividade de uma obra.

Durante a fase de orçamento, a logística dos materiais deve ser estudada juntamente com o cronograma físico, principalmente em itens de grande vulto, como no caso de locações de formas e escoramentos.

Devido a diversidade de materiais empregados, as soluções de transporte consideradas devem ser específicas e adaptadas a cada situação. Muitos fornecedores já possuem a expertise logística dos produtos que entregam, mas em situações específicas e dependendo da quantidade e prazo, esses custos devem ser estudados de forma personalizada.

O cálculo deve incluir não apenas o frete, mas o seguro da carga (normalmente já considerado no custo do fornecedor logístico) e da carga e descarga do material.

No cálculo do frete, devemos levar emm consideração o tipo de carga, a quantidade ou cubagem, o peso da carga, a distância, o tipo de terreno e acesso do destino.

Tipos de caminhões para o cálculo do transporte

Para cada tipo e quantidade de material, deve informar ao fornecedor logístico principalmente o tipo, peso e volume da carga e prazo.

O fornecedor por sua vez, faz o cálculo do frete de acordo com a necessidade, muitas vezes utilizando como base os seguintes caminhõesno caso de transporte terrestre:

Caminhão toco ou semi pesado é um caminhão mais curto, com um eixo traseiros e um eixo dianteiro, bom para cargas de médio porte e áreas urbanas. Muito versátil e adaptável. Possui capacidade de até 6 toneladas ou volume de 40 m³.

Caminhão truck ou pesado possui uma estrutura que permite maior distribuição da carga, com um eixo dianteiro e 2 traseiros, também traz maior estabilidade da carga no percurso. Tem uma capacidade de 12 toneladas ou de volume até 55 m³.

Carreta simples (5 eixos) - capacidade 25 ton ou 97 m³

Tipos de carrocerias

Dependendo do tipo de carga, também deve-se levar em consideração o tipo de carroceria que irá acondicionar o material.

Baú é uma carroceria fechada, com laterais, teto e porta traseira. É muito utilizada para o transporte de cargas que precisam ser protegidas da exposição ao clima e da ação de ladrões.
Basculante

Basculante é uma opção amplamente utilizada para transportar materiais como areia, pedra, terra e entulho, pois permite inclinar-se para descarregar a carga.
Tanque

Carroceria em formato cilíndrico ou retangular, projetada para transportar líquidos e gases, como combustíveis, água e produtos químicos.
Plataforma

Plataforma é uma carroceria sem laterais, projetada para transportar cargas de grande volume e peso, como maquinários, estruturas metálicas e containers.

Carga e Descarga

A carga e descarga dos materiais recebidos ou levados da obra também deve ser considerada no cálculo dos custos dos materiais, além do correto acondicionamento e armazenamento durante os trabalhos.

O estudo da movimentação na carga e descarga tem grande importância e impacto na produtividade, agilidade do processo, na diminuição de perda por quebra do material que está sendo descarregado ou carregado, diminuindo riscos e aumentando a segurança no canteiro de obras.

Acondicionamento

Pela grande diversidade de materiais entregues na obra, temos diversos tipos de acondicionamento sendo recebidos, como por exemplo, pallets, sacaria, tambores, bombonas, material a granel, caixas de madeira e papelão.

Um tipo de acondicionamento muito comum é a paletização, que aumenta a garantia de integridade da carga, otimiza o espaço durante o transporte, evita grandes perdas e facilita a movimentação. A paletização consiste em agrupar o material, normalmente em plataformas empilháveis, feitas em peças retangulares de madeira, plástico ou metal.

Para ilustrar como o orçamentista pensa o custo a logística do material, também em relação ao acondicionamento, vamos exemplificar com a paletização do material, que chega na obra em grandes volumes que não podem ser descarregados manualmente, mas deve-se utilizar equipamento específico como munck ou empilhadeira.

Mas, sempre cabe verificar com o fornecedor os custos que estão inclusos no fornecimento. No caso do exemplo da paletização, alguns fornecedores já incluem o equipamento munck no caminhão para descarga.






quinta-feira, 3 de abril de 2025

Como calcular volume de terraplenagem


Existem alguns métodos tradicionais de cálculo do volume de terraplenagem, quais sejam:

Método Geométrico ou das seções transversais;
Método Mecânico;
Método Analítico;
Método das Alturas ponderadas;
Método das superfícies equidistantes;
Método Computacional.

Vamos abordar aqui o Método Geométrico, muito utilizado em projetos de estradas e ferrovias, que consiste em dividir a seção transversal em figuras geométricas conhecidas e calcular suas áreas.

Fatiar a área em proporções iguais de largura, normalmente em torno de 10,00 m

A partir da cota que será definitiva, calcular as áreas verticais e multiplicar pela distância da fatia.

Cotas abaixo da cota definitiva representam aterro e cotas acima da cota definitiva representam corte.

Para o volume de transporte para bota-fora, não esquecer de considerar o empolamento.

O empolamento é também chamado de fator de homogeneização, que se refere à relação entre o volume do material de origem e o volume depois do corte ou aterro.

Esse fator de empolamento é comumente estimado em 1,4 do volume original.





quarta-feira, 2 de abril de 2025

Classificação dos custos de uma obra



Para o estudo dos custos que compõem uma obra é necessário entender cada grupo de insumos ou serviços.

Os custos podem ser classificados como: diretos e indiretos, podendo ser fixos ou variáveis.

CUSTOS DIRETOS

São insumos que participam diretamente da execução e que podem ser associados a um produto, podendo ser mais facilmente identificados, por ficarem incorporados no produto final.

Tipos de insumos considerados do custo direto:

- Mão-de-obra direta, comumente definida como horista (oficiais de produção e ajudantes)

- Materiais


CUSTOS INDIRETOS

São custos que não ficarão incorporados ao produto final, mas são codjuvantes necessários à execução das atividades.

Também podem ser classificados os insumos de difícil alocação a uma determinada atividade ou serviço.

Os custos indiretos são dimensionados conforme a dificuldade da execução do projeto, como por exemplo, localização geográfica, estrutura administrativa a ser alocada, grau de supervisão, etc.

Tipos de insumos e serviços que fazem parte dos custos indiretos:

- Custos de mobilização e desmobilização de pessoal e equipamentos

- Canteiro de Obras (tapumes, cercamentos, alojamentos, sanitários, escritórios, oficinas, depósitos, sinalizações, entrada de água e energia)

- Custos Administrativos locais (salários de pessoal indireto, alimentação, veículos, aluguéis, etc)

- Consumos diversos (despesas com concessionárias de água, telefonia e energia, materiais de escritório e de limpeza, cópias, plotagens, proteções, etc)

- Serviços Técnicos (Projetos, Consultorias, Seguros, controle de qualidade, cursos e treinamentos)

- Equipamentos e ferramentas (compra, locações, manutenções)


CUSTOS FIXOS


Os custos fixos não variam em função do tempo, mas são dimensionados de acordo com o porte e prazo da obra, como por exemplo as instalações de canteiro, que n
o caso de paralização da obra, e permanecem como custo até a total desmobilização.

CUSTOS VARIÁVEIS

Têm relação direta com o prazo e volume de produção.